A música sonora de um ócio?
O espesso manto com que o veludo se escreve?
O fundo luminoso do azul?
Poderia dar-te todas as palavras na caixa do poema;
ou emprestar-te o canto efémero em que se escondem do mundo.
Mas não é isso que me pedes.
E a vida que pulsa por entre advérbios e adjectivos esfuma-se depressa, quando
procuramos seguir a linha do verso,
O que fica?, perguntas-me.
Um encontro no canto da memória.
Risos, lágrimas, o terno murmúrio da noite.
Nada, e tudo.
Nuno Júdice, in Obra Poética
8 comentários:
Nuno Júdice - o meu poeta de eleição.
Eduardo
Um dos meus poetas de eleição... Uma poesia de água, que inunda os sentidos.
Obrigada pela visita, Eduardo :)
Também gosto do poeta, se bem que o livro que tenho dele seja "A árvore dos Milagres" um livro de ficção. Li alguma poesia que agora não me recordo de que obra...
Beijinho
... e já é tanto
JP,
Prefiro o poeta ao ficcionista... A poesia reunida do Nuno Júdice é uma obra imperdível!
Boas leituras,
Beijinho :)
É sim, Eufrázio...
Beijo :)
Também lhe sigo as palavras, desde o dia em que lhe encontrei, num título, uma expressão minha com alguns anos.
Não, não me plagiou:) Nem eu a ele...
Um beijo
Havemos de conversar sobre isso, Lídia! Fiquei curiosa :)
Beijo
Enviar um comentário