Não fui eu que pintei o sol no céu,
nem as nuvens no Ar
nem as nuvens no Ar
com água de prata.
Quando nasci já tudo estava no mundo
com relvas e azuis, poentes e sombras,
pobres e cicatrizes...
Porque então estes remorsos
de andar a sofrer não sei por quem
a culpa de haver rosas e haver vida?
Palavra! Não fui eu
quem atirou a lua para o céu!
Quando nasci já tudo estava no mundo
com relvas e azuis, poentes e sombras,
pobres e cicatrizes...
Porque então estes remorsos
de andar a sofrer não sei por quem
a culpa de haver rosas e haver vida?
Palavra! Não fui eu
quem atirou a lua para o céu!
José Gomes Ferreira, in Poeta Militante - Viagem ao século vinte em mim
2 comentários:
A culpa é da vontade
a culpa não é do sol
se o meu corpo se queimar
a culpa é da vontade
que eu tenho de te abraçar
a culpa não é da praia
se o meu corpo se ferir
a culpa é da vontade
que eu tenho de te sentir
a culpa é da vontade que vive dentro de mim
e só morre com a idade
com a idade do meu fim
a culpa é da vontade
a culpa não é do mar
se o meu olhar se perder
a culpa é da vontade
que eu tenho de te ver
a culpa não é do vento
se a minha voz se calar
a culpa é do lamento
que suporta o meu cantar
a culpa é da vontade que vive dentro de mim
e só morre com a idade
com a idade do meu fim
a culpa é da vontade.
De António Variações
Beijinhos da
Maria Albertina dos Santos Barbosa
Oh...!!! O Variações!
Obrigada, Maria Albertina dos Santos Barbosa (hahahahahahah)
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