É o pranto
Que ninguém chora
Que eu agora
Canto.
E aquele amor constante,
Desenganado
Que nunca teve amante
Nem amado.
E o gesto cordial que se não fez,
Nem faz
E fica por detrás
Da timidez.
E o imortal poema
Por acontecer,
Irmão do vento, seu rival sem asas:
Lume a fugir das brasas
Antes de a lenha arder.
Miguel Torga, "Limbo" in Orpheu Rebelde
6 comentários:
Excelente escolha poética.
Anna, querida amiga, tem um bom fim de semana.
Beijo.
E quanto vale a lágrima que é canto, Um canto assim cantado pela boca do poeta.
Um beijinho, minha querida.
Em breve, contigo,entre palavras ditas e escritas... espero ;-)
Gosto tanto!...
Até lá. Às Correntes... :)
Obrigada, Nilson :)
Uma boa semana para si!
Beijo
Encontramo-nos nas Correntes, Maria João... :) E não vamos perder nadinha!!!
Beijo
Espero-te aqui, Lídia :) Está quase tudo a postos, texto quase sabido... Não quero portar-me mal e envergonhar-te :)As Correntes que nos aguardem...!
Beijo
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