terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Cá dentro

 
Um nome para o que sou importa muito pouco. Importa o que eu gostaria de ser.
O que eu gostaria de ser era uma lutadora. No entanto, o que terminei sendo, e tão cedo? Terminei sendo uma pessoa que procura o que profundamente se sente e a palavra que o exprima.
É pouco. É muito pouco.

Clarice Lispector, in Aprendendo a viver (Texto com supressões)

2 comentários:

Lídia Borges disse...

É sempre pouco.
Tanto o que se perde no percurso entre o que "profundamente se sente" a palavra impressa.

No entanto Clarice Lispector não tem muito de que se queixar. Parece-me!... :)

Beijinho

Anna disse...

De acordo, Lídia :)
Beijooooo