Que dias há que na alma me tem posto/ um não sei quê, que nasce não sei onde,/ vem não sei como, e dói não sei porquê. - Luiz Vaz de Camões
quinta-feira, 22 de março de 2012
Palavras de Guerra
É contra mim que luto.
Não tenho outro inimigo.
O que penso
O que sinto,
O que digo
E o que faço
É que pede castigo
E desespera a lança no meu braço.
Absurda aliança
De criança
E adulto,
O que sou é um insulto
Ao que não sou;
E combato esse vulto
Que à traição me invadiu e me ocupou.
Infeliz com loucura e sem loucura,
Peço à vida outra vida, outra aventura,
Outro incerto destino.
Não me dou por vencido,
Nem convencido.
E agrido em mim o homem e o menino.
Miguel Torga, "Guerra Civil" in Orpheu Rebelde
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Que bonito, Anna!
Gosto tanto de Miguel Torga e nunca tinha lido este poema maravilhoso que diz tanto de nós. Vou levá-lo. Posso?
Beijinho
:) É teu, Lídia.
E sim, é maravilhoso!!!!!!
Beijo
Fora e tempo...
Estão fora de moda comportamentos "p´ró militares"...Esses parasitas que consomem os parcos recursos do erário público... essa Instituição insustentável... Ai Portugal, Portugal... O que nos vale é a gestão criteriosa no BPN...
PS: Peço-te desculpa se fui inconveniente. É que às vezes as circunstâncias encaminham-me para esses domínios mais sofridos...
PS2: Tento redimir-me com uma dose extra de muito respeitosos beijinhos....
PS3: Foi um comentário pouco "De Profundis"...
PS4: Já marquei consulta de psicologia ;)
Caríssimo Anónimo,
Retribuídos os beijinhos, igualmente respeitáveis.
P.S - Ouvir dizer que não há vagas para Psicologia... Tenta a Psiquiatria... :)
Enviar um comentário