Porque curiosamente, onde menos te encontro é onde tu exististe. Desprendeste-te donde estiveste e é em mim que mais me acontece tu estares. Mas nem sempre. Quantos dias se passam sem tu apareceres. E às vezes eu penso que é bom que assim seja para eu aprender a estar só. Mas de outras vezes rompes-me pela vida dentro e eu quase sufoco da tua presença. Ouço-te dizer o meu nome e eu corro ao teu encontro e digo vai-te, vai-te embora. Por favor. E eu sinto-me logo tão infeliz. E digo-te não vás. Fica. Para sempre. Há em mim uma luta entre o desejo de que te esqueça e o de endoidecer contigo.
Vergílio Ferreira, Cartas a Sandra
4 comentários:
Vergílio Ferreira ?!...
Parecia mesmo teu, assim, ao correr da letra.
Um beijo
Que elogio lindo, Lídia! Obrigada :))
Beijoooosss
Vou ter que roubar! :))
É lindo demais, Olga :)
Beijinho
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