Ponho o meu dedo sobre os teus lábios
para que não fales.
Hoje doem-me as palavras...
E só o silêncio se ajusta
à tristeza de ter as asas molhadas
e ser ave ferida agarrada ao chão...
Ponho os teus braços à volta do meu corpo
para que me abraces sem nada dizer,
com todas as tristezas presas na garganta
onde tantos gritos se calam...
Encosto o meu corpo ao teu,
sinto os mudos abismos da tua pele
e tomo as tuas mãos entre as minhas
para que dances comigo... neste silêncio.
6 comentários:
É definitivo!
Decididamente gosto de a visitar.
Sempre que a visito dou comigo a espontaneamente encher os pulmões de ar e libertá-lo demoradamente em seguida à mistura com uma indescritível panóplia de sensações que posso afirmar, me fazem sentir bem…
Sempre que cá venho encontro algo de profundo, intenso e carregado de significado.
Visitá-la faz-me bem.
Obrigado pelo seu blog,
Pedro Gaivota
Parabéns Paula...Um belo poema!!!Há tempos ouvi uma música de piano(comptine d un autre été)que provocou em mim sensações idênticas
ás tidas após a leitura do teu poema.Como me faltam as palavras ,o que em mim é habitual,espero que aprecies a audição no Youtube:The piano-amazing short.
Le Chateau
Chamei-te poeta, sim!
Chamo-te, de novo...
Um beijo
Pedro, muito obrigada pelas tuas palavras que muito me honram...
Volta sempre :)
LC, a "Comptine d'un autre été" é simplesmente maravilhosa...! Já a conhecia mas há muito tempo não a ouvia. Não poderia pensar numa música mais bonita para ilustrar o meu texto. Obrigada pelo presente e não, as palavras não te faltaram...
Um beijo
Lídia, tão bom o teu miminho... Obrigada pela generosidade das tuas palavras :)
Até sexta (não te esqueças, almoçamos juntas!)e o meu beijo, como sempre.
Enviar um comentário