Entrou o Outono devagar
a erguer paredes de frio
e a encher o meu peito
de silêncios profundos...
Os dias recuam mais cedo
cedendo os passos às noites
ventosas e infinitas.
E quando baterem fortes
nas clarabóias da escadaria
ondem dançam
os fantasmas inquietos,
as primeiras chuvas tristes
encontar-me-ão perdida
num canto da casa,
enrolada para dentro de mim,
com os olhos vazios
de música e de palavras.
E ficarei assim,
com a memória dos dedos do sol
entrelaçados nos meus
até que finde este Outono
que cai em mim... devagar.
4 comentários:
Não fique assim...perdida num canto...enrolada para dentro de si...Permita que a visite e abraçados, com o calor dos nossos corpos, enfrentemos o frio inverno que entretanto chegará...
Pedro Gaivota
Obrigada pela visita, Pedro.
Volte sempre.
Beijinho
Excelente poema, parabens
adorei
Obrigada, António :)
Beijo
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